Temperatura de armazenamento das carnes: legislação e segurança
Garantindo a temperatura de armazenamento de carnes conforme a legislação, você evita o risco fiscal e a perda da carga.
Isso porque a temperatura de armazenamento é um fator crucial para garantir a segurança alimentar das carnes. Dessa forma, ela preserva a qualidade para consumo e as características dos produtos.
No Brasil, existem alguns desafios para o transporte desse tipo de produto. São eles: riscos nas estradas, altas temperaturas, condutores não treinados, dentre outros.
Pensando nisso, separamos para você, pontos importantes da legislação, para que você entenda as normas de temperatura de armazenamento de carnes.
Além disso, você também vai conferir medidas para garantir o controle de temperatura e os principais riscos desse tipo de transporte. Acompanhe!
O que diz a legislação sobre o transporte e a temperatura de armazenamento das carnes?
No Brasil, a armazenagem e transporte de carnes é regulamentada por uma série de normas e portarias pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O MAPA é o órgão responsável por fiscalizar e regulamentar toda a cadeia de alimentos no país.
Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, também fiscaliza esses produtos. Essa entidade é a responsável pelo controle sanitário de mercadorias para consumo, quando elas já estão expostas para venda.
Quando o assunto é a legislação de armazenamento de carnes, é de fundamental importância citar a Portaria CVS-15, de 07 de novembro de 1991.
Essa Portaria estabelece que as carnes devem seguir uma série de regras, a fim de evitar contaminação ou perda de mercadoria.
Os principais fatores para garantir essas condições são:
- Controle de higiene;
- Controle de temperatura;
- Controle de tempo durante as entregas.
Outras normas que compõem a legislação de armazenamento de carnes, bem como o seu transporte, são:
- Portaria n.º 304/96: estabelece normas para o transporte de carnes e produtos cárneos no país, incluindo requisitos de higiene, temperatura e embalagem adequada;
- Portaria n.º 369/94: estabelece as normas para a proteção sanitária de carnes, derivados e produtos cárneos comestíveis;
- Portaria n.º 1.142/92: normatiza o registro de estabelecimentos que estabelecem atividades de abate, industrialização e distribuição de carnes e produtos cárneos;
- Portaria n.º 304/95: define normas para a rotulagem de carnes e produtos cárneos, incluindo informações obrigatórias como origem do produto, validade e armazenamento.
Além disso, o transporte de carnes e produtos cárneos no Brasil também deve atender a uma série de necessidades específicas, incluindo:
- Utilização de veículos e equipamentos de transporte higienizados;
- Armazenamento e transporte dos produtos em temperatura adequada, conforme as normas protegidas pelo MAPA;
- Utilização de embalagens adotadas, que protegem os produtos contra contaminações e protegem sua conservação durante o transporte;
- Realização de inspeções periódicas nos veículos e nas instalações de armazenagem, para garantir que as normas de higiene e segurança alimentar sejam atendidas.
Não cumprir as exigências pode resultar em multas e problemas fiscais, além de colocar em risco a saúde e a qualidade dos produtos.
Por isso, é importante que as empresas que operam nesse setor estejam sempre atentas às normas e regulamentações.
Como garantir o controle de temperatura de armazenamento das carnes?
O controle adequado da temperatura é uma das principais medidas para garantir a qualidade e segurança dos produtos durante o armazenamento e transporte.
Algumas das principais medidas que podem ser adotadas para garantir esse controle incluem:
Utilizar equipamentos adequados
É fundamental utilizar equipamentos e veículos de transporte adequados que garantam o controle da temperatura de forma precisa e confiável.
As boas práticas de armazenamento de alimentos da ANVISA incluem câmaras frigoríficas e termômetros. E para otimizar a operação, é possível contar com equipamentos de monitoramento remoto, que permitem verificar a temperatura em tempo real.
Como é o caso da troca de aparelhos descartáveis por QR CODE com monitoramento via satélite.
Além de garantir o controle adequado durante toda a operação, também ajuda a reduzir o descarte do equipamento, que pode chegar a toneladas de materiais entre plástico, papel e metais descartados.
Essa tecnologia de acompanhamento via satélite também ajuda na redução de gás carbônico emitido na atmosfera e na redução do uso de água, que dependendo da operação, pode chegar a até 1 milhão de litros economizados.
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Fazer o checklist do veículo
É essencial que o veículo esteja dentro dos padrões exigidos para o transporte de cargas frigorificadas. Por isso, realizando o checklist do veículo, é possível evitar falhas que podem gerar a perda da carga, insatisfação do cliente e aumento no número de devoluções.
O checklist neste tipo de operação inclui, principalmente,a conferência do rastreador instalado para monitoramento da carga e a verificação do funcionamento do termo king e do sensor que irá apontar eventuais anormalidades na temperatura da mercadoria.
Estabelecer procedimentos operacionais padrão (POPs)
Os POPs devem definir os procedimentos e responsabilidades para garantir o controle de temperatura durante a armazenagem e transporte de carnes.
Eles devem incluir desde o carregamento dos produtos até a sua chegada ao destino. E dentro desse planejamento, é fundamental incluir medidas em caso de falhas no controle de temperatura.
Treinamento dos colaboradores
É importante que todos os colaboradores envolvidos no transporte de carnes sejam treinados. Dessa forma, os motoristas e ajudantes devem estar cientes dos procedimentos e boas práticas para o controle de temperatura.
Registro e documentos
É importante manter registros detalhados sobre o controle de temperatura da mercadoria. Isso inclui informações como temperatura de armazenamento e transporte, dados e hora, responsável pelo monitoramento, entre outros.
Esses registros devem ser mantidos em arquivo e estar disponíveis para consulta em caso de necessidade.
Para isso, você pode utilizar dashboards que permitem a visão centralizada da operação, retroalimentando o sistema com informações como on-time de coleta e entrega, custos com diárias e estadias, quebras de parâmetros de temperatura, dentre outros.
Principais riscos da temperatura de armazenamento das carnes para o transporte das cargas
O transporte de alimentos refrigerados apresenta diversos riscos que podem afetar a qualidade e a segurança dos produtos. Além disso, o armazenamento inadequado gera prejuízos financeiros para as empresas envolvidas.
Alguns dos principais riscos desse tipo de transporte são:
Acidentes
A depender da conduta do motorista, pode haver risco de tombamento do veículo, comprometendo a carga refrigerada.
Para minimizar esse risco, é importante adotar medidas de segurança no transporte, como promover o treinamento de funcionários para direção segura.
Outras medidas como, não carregar o caminhão além do peso exigido e o armazenamento correto da carga no veículo também ajudam a evitar acidentes, assim como realizar um Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR).
Infraestrutura das rodovias
As condições das rodovias podem afetar o transporte de cargas refrigeradas. Nesse cenário, é importante planejar a rota com antecedência, avaliando as condições das estradas e adotando medidas de segurança no transporte.
O monitoramento em tempo real da viagem pode auxiliar na tomada de decisão rápida caso aconteça algum incidente na operação. Além disso, garantir a manutenção do veículo ajuda a evitar as pausas desnecessárias durante a viagem, e a ociosidade da frota.
Roubos de cargas
As cargas frigoríficas são visadas por criminosos com foco na região sudeste e nordeste do país.
O roubo nas operações de distribuição urbana tem uma concentração maior no Rio de Janeiro, mais precisamente na região de Duque de Caxias. Já em São Paulo, o roubo de cargas se concentra na zona sul, leste e no ABC Paulista.
Portanto, para minimizar a ocorrência de roubos, é importante adotar medidas de segurança no transporte.
Se quer saber mais sobre os índices de roubo de cargas no Brasil, confira essa análise anual de roubo de cargas em 2022.
Contar com uma empresa gerenciadora de riscos tem suas vantagens. Como no monitoramento da viagem, rastreio de carga, recuperação de carga em casos de roubo, dentre outras medidas de segurança.
Visibilidade em monitoramento de temperatura de armazenamento das carnes
Quando o assunto é temperatura de armazenamento de carnes e legislação, é preciso estar atento às cargas refrigeradas. Isso porque, elas podem perder sua qualidade devido a falhas no controle de temperatura durante o transporte.
Para afastar essa situação, é importante monitorar a temperatura da carga em tempo real e adotar medidas corretivas em caso de variações.
Falta de agilidade na carga e descarga
A falta de agilidade pode comprometer a qualidade dos produtos refrigerados, principalmente em operações de carga e descarga.
Por isso, é importante capacitar os profissionais envolvidos e adotar medidas de controle de temperatura durante todo o processo de transporte.
Veículos mal adaptados que não controlam a temperatura de armazenamento das carnes
Veículos mal adaptados para o transporte de cargas refrigeradas podem comprometer a qualidade dos produtos, principalmente em condições climáticas adversas.
Para minimizar esse risco, é importante utilizar veículos adequados para o transporte de cargas refrigeradas e realizar a manutenção periódica dos equipamentos.
Profissionais desqualificados
A falta de qualificação dos profissionais envolvidos na operação pode comprometer a qualidade dos produtos refrigerados. Para minimizar esse risco, é importante capacitar os profissionais envolvidos na operação e estabelecer o procedimento adequado.
Viu como é importante estar atento à temperatura de armazenamento de carnes e à legislação? Dessa forma, é possível garantir a qualidade dos produtos para consumo, evitando, prejuízos.
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