Manual de controle de temperatura das cargas frigorificadas
Altos índices de roubos de mercadorias, acidentes nas estradas, falta de infraestrutura, custos logísticos elevados, mais de 60% da movimentação de cargas feita por rodovias e dificuldades de integração entre os modais são alguns dos problemas que dependem do controle de temperatura das cargas frigorificadas
Se o transporte de cargas é, naturalmente, um desafio para as empresas brasileiras, o que dizer quando envolve alimentos perecíveis?
Na movimentação de cargas frigorificadas, os cuidados devem ser ainda maiores.
Felizmente há tecnologias que permitem a visibilidade em tempo real e o controle de temperatura das cargas frigorificadas.
Robustas e com alto grau de complexidade, as operações frigorificadas exigem parceiros especializados na gestão logística e no gerenciamento de riscos.
Isso porque, cada tipo de produto a ser transportado tem sua especificidade, afinal, carnes, laticínios, sorvetes ou legumes não são transportados da mesma forma, nas mesmas temperaturas, e a inteligência aplicada na operação faz toda a diferença.
Como lidar com problemas de controle de temperatura das cargas frigorificadas?
Sabemos que a lista de obstáculos para o transporte de cargas frigorificadas não é pequena.
Sem visibilidade das viagens e controle das temperaturas até o destino, há chances de comprometimento na qualidade dos produtos, são eles:
- descarte de mercadoria;
- multas por transporte irregular;
- devoluções e altos custos com logística reversa;
- insatisfação do cliente;
- dificuldades de indenização securitária quando comprovada a ineficiência dos controles de temperatura.
Por isso, o gerenciamento dos riscos e o rastreamento de cargas frigorificadas se tornou tão importante.
Maurício Arriate, Diretor de Inteligência, Serviços e Operações da Opentech, discorre sobre a importância de uma gerenciadora de riscos, veja:
“É agora que a empresa precisa buscar o parceiro ideal, com conhecimento de longo prazo, uma gerenciadora de risco com expertise, que se dedica diariamente a inovar, criando e melhorando suas ferramentas e trazendo segurança e agilidade por meio de soluções com grandes resultados para a cadeia de frigorificados.”
Visibilidade no transporte de frigorificados end to end
O monitoramento no transporte de alimentos frigorificados já conta com empresas especializadas e tecnologia para o controle das temperaturas.
Chegar ao destino com a mercadoria em perfeito estado fica mais fácil quando o processo logístico é controlado com base em alguns fatores como:
- agilidade e pronta atuação da equipe a cada alerta de temperatura;
- prevenção para evitar perdas e devolução de cargas frigorificadas;
- experiência de profissionais dedicados às operações de controle de temperatura das cargas frigorificadas;
- gestão com fluxo de informações entre a gerenciadora de risco e a operação do cliente;
- conhecimento e análise do histórico das viagens monitoradas.
Com certeza você já ouviu dizer que “informação é a alma do negócio”.
No caso do transporte de alimentos frigorificados, é mesmo.
Por isso, é fundamental que a operação seja acompanhada em tempo real e as informações sejam compartilhadas entre stakeholders, incluindo transportadores, coordenadores, gerentes, equipe de logística e unidades envolvidas na operação.
O que contempla uma gestão eficaz no transporte de cargas frigorificadas
1. Prevenção
- medidas adotadas no início da viagem;
- controle de eventuais erros de leitura da temperatura;
- checagem do funcionamento de equipamentos;
- testes com sensores;
2. Alertas
- alertas que monitoram o desligamento do aparelho em pernoite;
- e, que monitorem a abertura da carroceria;
3. Tratativas de manutenção
- controle de solicitações;
- validação do serviço e liberação de veículos;
- status dos equipamentos;
- relatório das manutenções;
4. Acompanhamento
- atuação imediata quando ocorrer problemas nos equipamentos durante a viagem;
5. Informações de temperatura
- range configurado de acordo com a carga;
- histórico de temperatura;
6. Tecnologia
- testes em tempo real da temperatura dos sensores;
7. Validação
- confirmação de testes com o motorista e a operação.
É a informação de qualidade que previne as perdas de cargas frigorificadas.
”Ao tratar do transporte de frigorificados, estamos abordando um dos temas mais desafiadores para a logística. Nesse segmento, a garantia da qualidade e a integridade do produto estão diretamente ligados à eficácia da gestão logística.” — Ricardo Breis, gerente de Logística da Opentech
A importância do histórico do controle de temperatura das cargas frigorificadas
Acompanhar o histórico da temperatura é um ponto-chave nas operações das cargas frigorificadas.
Com um controle rigoroso dos níveis de tolerância superior e inferior da temperatura, é possível prevenir perdas de qualidade, fazer as tratativas de manutenção dos veículos, e obter, em tempo real, todas as informações sobre a temperatura da carga durante o percurso.
Chamamos esse processo de visibilidade e confiabilidade
Com o histórico de temperatura e os parâmetros de tolerância definidos, o monitoramento feito em tempo real permite que qualquer anormalidade seja identificada e tratada o quanto antes pela equipe que monitora as viagens.
Assim, ao menor sinal de desligamento do aparelho, sensor de temperatura com defeito, atraso no início de controle de temperatura das cargas frigorificadas, ou qualquer outro desvio de padrão, ações rápidas são tomadas.
Como é feito o acompanhamento dos sensores de temperatura?
O acompanhamento dos sensores de temperatura dos veículos é feito visivelmente em que toda a equipe de monitoramento possa identificar, facilmente, qualquer anormalidade e atuar em situações importantes.
Com base no perfil do cliente e da carga que está sendo transportada, são definidos diferentes parâmetros, dando a cada operação um olhar individualizado.
Passo a passo da excelência no transporte e controle de temperatura das cargas frigorificadas
Para ampliar a eficiência e a gestão logística na movimentação de mercadorias perecíveis, não há segredo. Com o plano de gestão e gerenciamento de riscos definidos, é só seguir essas dicas:
1. Programação da carga
Envolve o recebimento do pedido do cliente, planejamento da coleta e entrega, que em muitos casos necessita de agendamento e roteirização da viagem.
2. Contratação do frete
Foco em um parceiro que atenda aos critérios de atendimento logístico e gerenciamento de risco, com equilíbrio no preço, cumprimento das regras de gerenciamento de risco, atendimento à legislação e especificidades da carga.
3. Checklist sobre o controle de temperatura das cargas frigorificadas
Avaliação do veículo contratado para atendimento aos padrões exigidos para o transporte de cargas frigorificadas, conferência do rastreador instalado para monitoramento da carga e verificação do funcionamento do termo king e do sensor que irá apontar eventuais anormalidades na temperatura da mercadoria.
4. Monitoramento da viagem e da carga
Nesta etapa, três pilares são essenciais:
- Visibilidade logística: informações em tempo real do caminhão e da carga por sistema online;
- Controle de temperatura: acompanhamento dos parâmetros aceitáveis por tipo de produto, que pode ser refrigeração, resfriamento ou congelamento;
- Previsibilidade de ofensores: identificação de possíveis atrasos ou parada em entrega por tempo fora do padrão com sistemas de disparo automático de alertas para checagem dos padrões de temperatura da carga.
5. Análise de indicadores e dashboards gerenciais
Permite visão centralizada da operação, retroalimentando o sistema com informações como on-time de coleta e entrega, custos com diárias e estadias, quebras de parâmetros de temperatura etc.
Como é a legislação para o transporte de perecíveis que dependem do controle de temperatura das cargas frigorificadas?
A lista de produtos perecíveis possui uma variedade de itens que vai além de carnes e laticínios.
Todo item alterável ou não estável à temperatura ambiente faz parte da portaria que determina quais mercadorias precisam “viajar” sob temperatura especial.
Nesta lista consta:
- ovos em casca ou processados e seus subprodutos;
- crustáceos, moluscos e frutos-do-mar vivos ou frescos;
- alimentos congelados ou super congelados — processados ou não;
- carnes, aves e derivados;
- leite in natura e derivados;
- leveduras e fermentos;
- frutas, legumes, cogumelos frescos ou crus — processados ou não;
- gelo, obviamente.
Além de todos os alimentos que necessitam estar em temperaturas estabelecidas pela legislação específica.
Há ainda medicamentos que exigem transporte em temperatura especial e outros itens, como flores e bulbos — cada item com limites mínimos e máximos de temperatura.
A legislação vai além do controle de temperatura
Se engana quem pensa que basta somente controlar a temperatura.
No caso de cargas frigorificadas, o cuidado com a higiene, o tempo de transporte e a demora para a entrega têm relevância para evitar deteriorações e contaminações.
Os transportes em contêineres têm regras específicas e recomendações legais em relação à carga e descarga, condições do veículo, calibragem de termômetros, entre outros.
As restrições no transporte de alimentos perecíveis preveem ainda:
- a proibição de transporte em conjunto com pessoas e animais;
- transporte de matéria-prima ou produtos alimentícios crus com alimentos prontos para consumo se os primeiros apresentarem risco de contaminação;
- e dois ou mais tipos de produtos se eles apresentaram risco de contaminação entre si.
Ainda que a lei seja rigorosa e os clientes também, felizmente a tecnologia e a expertise de parceiros que há anos gerenciam este tipo de operação facilitam a rotina e melhoram os resultados de quem atua neste segmento.
Conheça o nosso case de sucesso sobre controle de temperatura das cargas frigorificadas
Um exemplo de como soluções especializadas no transporte de frigorificados pode melhorar o desempenho e os resultados da operação está em uma das maiores empresas de bens de consumo do mundo, dona de 50% do mercado brasileiro de sorvetes e picolés.
Com a parceria da Opentech, a organização alcançou:
- redução de 50% das devoluções de entrega;
- 70% de sucesso na reversão de devoluções;
- redução de 35% do tempo de espera na entrega.
Se sua empresa também desejar resolver gaps da operação, aprimorar o gerenciamento dos riscos e potencializar os resultados, vamos relembrar esses 9 pontos estratégicos:
- Faça o monitoramento das operações da cadeia fria com sistemas que permitam ampla visibilidade, tanto da gestão quanto das viagens.
- Assegure que a temperatura da carga seja controlada em tempo real, considerando as variáveis mínima e máxima permitidas.
- Mantenha sistemas de alerta em caso de falhas de temperatura ou paradas prolongadas.
- Compartilhe as informações com todos os envolvidos na operação.
- Faça o planejamento estratégico das viagens com base em históricos anteriores e em planos de gerenciamento de risco customizados para o seu tipo de carga.
- Aumente a segurança do transporte de produtos alimentícios e farmacêuticos.
- Invista em sistemas integrados de gestão logística e gerenciamento de risco.
- Trabalhe com dashboards de informações estratégicas para retroalimentar o sistema e tomar decisões mais assertivas.
- Procure parceiros especializados, que invistam em inovação e no desenvolvimento contínuo de novas soluções, processos e equipes altamente capacitadas.
Com esses pontos estratégicos você conseguirá:
- reduzir as margens de erro na movimentação do transporte de cargas frigorificadas,
- aumentar a eficiência e a segurança das operações,
- ampliar a satisfação do cliente,
- ter mais produtividade e assertividade,
- garantir a reputação e a credibilidade da sua marca,
- reduzir custos e ver os resultados crescerem.
Por que é importante contratar uma gerenciadora de risco especializada no transporte e controle de temperatura das cargas frigorificadas?
Contar com o parceiro ideal e uma gerenciadora de risco com experiência neste segmento é o primeiro passo para garantir uma operação ágil, eficiente e segura.
Ao contrário do transporte de outros tipos de mercadorias, os frigorificados seguem normas da Anvisa, bem como, exigências municipais e estaduais.
Além disso, as empresas também buscam diferenciais competitivos e formas de assegurar a qualidade dos produtos, reforçando sua marca e aumentando a satisfação dos clientes.
Difícil? Pode até ser, mas tudo o que você realmente precisa é de bons parceiros na gestão desse serviço.
O especialista em gerenciamento de riscos, Rodrigo Corrêa, afirmou que:
“Quando falamos do segmento de transportes de alimentos, principalmente os perecíveis e refrigerados, como o frigorificado, temos fatores que envolvem vidas, custos logísticos e de seguros, eficiência, produtividade e exposição da marca. Um Programa de Prevenção de Acidentes (PPA) robusto e completo, por exemplo, pode contribuir em vários desses pilares.”
Neste artigo, trouxemos muitas informações para você otimizar as suas operações!
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